sexta-feira, abril 13, 2007

Tanta água por debaixo da ponte!


Depois de tanto tempo sem postar tenho tanto assunto que me foge a mente.

Realmente muita água já passou por debaixo da ponte dente novembro de 2006 pra cá.

Mudei de país novamente, mudei de emprego, mudei meus objetivos, mudei tudo: até meu cabelo.

Treze dias após aquele post eu entreguei a carta que mudou definitivamente meu futuro em 2007: um pedido de demissão lá em Portugal.

Sabe por que? Simplesmente por que não sou obrigado. "Tanta oportunidade que realmente agrega no Brasil, com bons salários, meus amigos, minha família, meu carro, meu tudo, não preciso me privar de tudo isto e ainda ser infeliz no trabalho". Foi mais ou menos este raciocínio.

CLARO, que eu tinha uma carta na manga: uma proposta de Dublin que, aliás, fui visitar em 01/dez/2006 - ou seja, enquanto postava aquele texto de 28 de novembro, eu já estava com tudo planejado. Por isto que meu silêncio me agredia tanto.

Hoje, sexta feira 13 de abril de 2007 chego a me questionar por que tanto tempo sem escrever? Pensei que o principal motivo fosse a ausência do meu maior leitor, o finado Alê. A palavra finado assusta, mas é a realidade. Outro dia um amigo me disse que é assim mesmo "quando se tem muitos amigos, a chance de se perder um é maior". Esta matemática hipócrita é realista sim, aliás, matemática de c* é r*la.

Depois pensei na preguiça, não escrevo por preguiça. Mentira! 8 horas do meu dia, pelo menos, eu passo escrevendo no mundo digital, quer seja intra ou extra net. A net nos faz escrever muito... Anete é o nome da empregada do Urbano. A net é o mundo virtual do qual faço parte. A net de lá, a net de cá. Esta própria net que me deixa com ar de desocupado, é a mesma net que me ocupa.

Preguiça, net e muita coisa na cabeça.

O leitor acredita que vim de mochila de Portugal e decidi ficar??? Foi tudo ao mesmo tempo, a resposta negativa de Dublin (após terem me passado os benefícios por telefone, acredita?) e a certeza de que não devia voltar - o que fazer em Lisboa sem emprego? E estava tãaaaaaaao feliz em estar de volta.

Um amigo de fora disse que quando voltou ao Brasil a primeira vez ele teve vontade de voltar correndo, achou o povo feio, as pessoas pobres, se sentiu deslocado.

Assim que cheguei uma onda de felicidade me invadiu: achava todo mundo lindo, com cara de saudável, todos felizes quase sem motivo, me senti como se nunca tivesse saído ou como se nunca devesse sair daqui.

A resposta de Dublin foi um baque mas descobrir que tinha de ficar em casa me trouxe sensações reconfortantes afinal.
Tanta água já passou por debaixo da ponte... Necessário mais um post. Alguns problemas apareceram, alguns eu resolvi, outros estou resolvendo e alguns até se "auto" resolveram.
Esta foto tirei agora enquanto digitava. Olha meu cabelo!