quinta-feira, outubro 30, 2014

Bagunça!

Minha pia tá tão bagunçada!
Lavo tudo e, quando menos espero, está tudo bagunçado e sujo de novo. Quando noto, nada está como eu esperava. Quando noto...
É uma bagunça, uma sujeira, uma desordem.
E lá fora a chuva não dá tregua. Me obrigando a viver aqui dentro preso e refletindo sobre a vida.
Tudo tão bagunçado... Minha sala, minha cozinha, meu quarto!
Um saco refletir sobre a vida!! Tanta coisa pra organizar e limpar!

segunda-feira, setembro 09, 2013

Em segredo...

A história pode ser muito simples, principalmente se vista de relance.
Se eu olhar de novo, noto que não é tão simples assim. Se olhar mais uma vez, encontro ainda mais detalhes... tudo se complica. 
Se eu parar pra ouvir, vou escutar tanta coisa interessante.
Se eu sentir o cheiro, começo a entender.
Se fechar o olho, paro de ver os detalhes, mas começo a senti-los!
Quando me dou conta, já é tarde demais.
É como a gripe que me acorda a noite já sem respirar.
É como um capoeirista safo, que chega de mansinho, confunde a atenção e passa a rasteira... De repente estou no chão sem entender como aconteceu.
O que fazer agora que já cai?


3 anos depois...

Em 8 de novembro de 2010 eu estava realmente me sentindo exilado.
Não era só a distância do meu país natal, era um exílio íntimo! Eu me sentia exilado e não há nada mais forte do que se sentir algo, o cérebro processa tudo aquilo como uma realidade.
Não vou me perder aqui em discussão fisiológica do sentimento, ia perder a graça!
Muitos meses se passaram e muito se rolou por debaixo da ponte.
Achei graça quando li em alguns posts de 2009 e 2010 a minha dificuldade em ficar sozinho!
Hoje é justamente o contrário: eu amo minha própria compania.
O que se mudou?
Mudei de casa, de profissão, de amigos, mudei meus hobbies, minha rotina, minha alimentação, meus vinhos, as músicas que ouço, meu cabelo (que sempre muda) e até as pilulas que tomo (não tomo mais Naldecon :) ).
O que se aprendeu? O que se perdeu?
Perdi aquela sede de me verticalizar em toda e qualquer amizade. Com isto, aprendi que não se pode ter "todos" que ser.
Perdi aquela ganância social de estar todo dia em alguma agenda de alguém. Por que aprendi que é preciso ter tempo pra mim mesmo, nem que seja 1 vez por semana.
Perdi aquela vontade de saber a fundo tudo, aqui, agora. Por que aprendi que - se eu acredito em outras vidas - tenho eternas oportunidades de aprender mais fora desta existência.
Perdi aquela pressa de ir pra lá ou vir pra cá. Por que aprendi que o dia tem apenas 24 horas e não adianta lutar contra isto.
Perdi também aquela sensação de exílio. Por que aprendi que exilado é aquele não tem opção de escolha.
Hoje perguntei pra uma amiga "Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?".
Acredito que meu ovo é justamente minha opção de escolha e eu tenho certeza que ele nasceu antes de minhas mudanças.



segunda-feira, novembro 08, 2010

Canção do Exílio Alemão

Minha terra tem Caetano, Chico, Betânia e Fafá.
Mas musicas que aqui escuto, não consigo 'pronunciá'.
Minha terra é sofrida, nem presidente sabe votá.
Mas o povo que aqui encontro, não sorri como o de lá.

Minha terra tem o palmeira pra quem não quer corinthiá.
O estádio que aqui encontro, não tem o barulho de lá.
Minha terra tem caqui, cacau, café e cará.
O "sauer kraut" daqui é o chucrute de lá.

Minha terra tem feijoada e pinga, que me ajuda a "desestressá'.
O corvo que aqui gorjeia, nem pensa em assustar por lá.
Minha terra não tem salsicha, mas tem Castanha do Pará.
O feijão com arroz que hoje como, não é gostoso como o de lá.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Muito Barulho Por Nada


Pode ser a última, pode ser que seja a primeira de uma nova fase... vai saber!!!!!

O fato é que foi muito divertido e me ensinou muito de mim pra mim mesmo!

A Sinopse: "O que pode acontecer se misturarmos Shakespeare e solteironas desesperadas, princesas e vilões, cordel e embolada? No teatro ou na praça... Muito Barulho Por Nada!"

As datas/horários da re-apresentação: Dias 20, 21 e 22 de Agosto no Teatro 5, às 21hs na sexta e no sábado, às 20hs no domingo. (Hoje, amanhã e depois de amanhã). Veja como chegar.

Este projeto foi desenvolvido pra ser encenado na rua. O primeiro desafio foi transformar o texto formal de Shakespeare em algo que pudesse ter embocadura mais popular e atraente ao público de rua. O Fernando Assunção e o André Albino tiveram bastante trabalho nesta fase.

Depois disso, passamos o resto do semestre fazendo exercícios em sala de aula e no Largo do Arouche, aprendendo uma linguagem farsesca bem diferente do que estávamos acostumados a ver na escola e completamente oposto ao material que já tinhamos.

Tudo era diferente: corpo, voz e troca de energia com o público. No teatro de rua, o público é um elemento cênico e, como todo componente em cena, deve haver um jogo. Este jogo, tão importante quanto o jogo com os colegas de palco.

Por isto, tivemos de aprender a improvisar e a lidar com situações inusitadas como, por exemplo, um cachorro fazendo cocô ao lado da cena, ou a possibilidade de dividir texto com um bêbado passando na praça. É muito divertido interagir com o público.

Depois de passarmos alguns meses ensaiando pra rua, fizemos a estreia no próprio Largo do Arouche dia 03/julho/2010 - evidentemente, com o aval da Subprefeitura. Foi uma experiência ímpar.

No final de semana seguinte, dias 10, 11 e 12 de julho, ficamos em cartaz no teatro 5 do Teatro Escola Macunaíma. Estávamos inseguros em apresentar algo preparado pra rua dentro de um teatro tão pequeno.

Fazíamos o cortejo na rua e entrávamos pro teatro pra esperar o público. Tenho certeza que conseguimos trazer a energia da rua pra dentro do teatro... e, quer saber? Foi tão divertido quanto na rua.

Hoje re-estreiamos e eu gostaria de dizer especialmente aos amigos desta peça que já estou com saudades de tudo: da direção do Neto Barbosa, dos exercícios, dos estresses, do aprendizado e, principalmente, de tudo que vivi este ano com vocês. Obrigado por tudo.

sexta-feira, maio 28, 2010

Naldecon

São 00:04 do dia 28/05/2010.

Comecei uma nova idade com hábitos ainda velhos. Não velhos de idade, digo, sem novidades... Analgésicos.

Não quero gerar impacto em quem lê este blog, afirmando ou não um vício. A citação é só pra demonstrar que uma data de aniversário, as vezes, nada mais é que um dia como outro qualquer.

Dia 27/05/2010 (vulgo ontem) foi um dia com muitas dores musculares... Sabe quando você acha que vai gripar? Por via das dúvidas, chapei um Naldecon Noite. Descobri hoje que agora é proibido qualquer analgésico ficar no balcão, a única diferença é que agora você pede pro farmacêutico pegar pra você. Afinal, qual a diferença de você ou outra pessoa pegar o que você já escolheu e não é proibido de se comprar? Mudaram um velho costume mas não conseguiram, com isto, alterar um velho hábito.

É muito difícil mudar velhos hábitos... não digo velho de idade, digo sem novidades.

É mais fácil agregar novos hábitos que alterar alguns. A gente agrega mas não muda o que já tem. Alguma coisa de substituição ou algo parecido com ofuscamento do antigo pode acontecer, mas tenho a impressão de que sempre o velho continua lá.

Não digo velho de idade... você já entendeu!

Na minha outra idade - eu ia dizer idade velha, mas teria de novamente me explicar - certamente um post de aniversário seria bem diferente. Talvez um pouco menos confuso e ao mesmo tempo mais congruente.

Agora, nesta nova idade, me dou o direito de ser confuso e incongruente por que o incongruente, por mais que não seja obvio, também tem que ser pensado e dito.

Me lembro de ter falado com uma amiga que até a outra idade (a velha) eu tinha uma sede por conhecer, aprofundar, verticalizar tudo que fosse conhecer. Se eu fosse fazer um curso de canto, não queria fazer qualquer curso por que, afinal, eu precisava ser o melhor. Se eu fosse fazer um curso de linguas, precisava falar fluente, não me agravada só conhecer. Se eu fosse dançar, deveria ser bailarino avançado. Se eu fosse atuar, deveria ser ator referência. Até pessoas... se conhecesse, não me contentaria em ser colega superficial, teria de ser amigo mesmo, a ponto de me frustrar com aquelas pessoas que estão felizes sozinhas só com elas... "como assim, não precisam de mim?"

Tudo isto é congruente e, de certa forma, objetivo (pelo simples fato recursivo de se ter um objetivo: ser intenso).

Descobri agora no finalzinho da idade velha (antiga, sem novidades) que o universo lá de fora é interessante sim, mas beeeeeeeeem menos desafiador que aquele escondido aqui dentro.

Deu tempo de perceber que meu universo (este aqui), por mais que seja delineado por um corpo físico, é tão infinito quanto aquele circunscrito. Misterioso... Consegui (deu tempo) de descobrir sobre mim situações, pensamentos e pura filosofias que me deixaram ter pena da congruência a ponto de realizar um infinito íntimo, só meu!!

Agora, na idade nova, não me sinto velho, confuso ou apenas incongruente. A idade nova, me faz ter vontade de explorar a mim mesmo, o meu centro ser meu caminho. A minha idade nova me faz me sentir novo de novo, e agora estou, sim, falando de ter novidade.

domingo, outubro 25, 2009

Home Alone

Depois de um longo período disputando meu espaço com o meu velho hábito de resolver problemas que não são meus, enfim, um sábado a noite... sozinho!

A sensação é estranha! É como se eu estivesse em compania de mim mesmo, percebendo que as vezes não tenho lá muito diálogo. Sim, há muito eu não experimentava a sensação de estar sozinho. Como é estranho!

É como se todos tivessem me deixado, ou esquecido de me ligar, ou de aparecer, ou de ocupar o meu tão dividido espaço.

Antes de qualquer conclusão, quero deixar bem claro que isto não é nem de longe uma reclamação. É apenas uma constatação, uma colocação, uma observação sobre um sentimento, um..., um..., acho que a palavra é esta mesmo, um sentimento, pronto acabou.

00:30, eu sozinho, estranho... Eu começo a procurar coisas pra fazer, como se fosse necessário. Será que só levantar as pernas no sofá e curtir este meu momento não seria mais que suficiente?

01:00, sim, percebi que chegar do jantar com amigos deveria ser algo supimpa. E é, mas por que tantos questionamentos.

01:15 tentei entrar em um bate papo com o nick "Gotta Talk". CLARO!!! Assustei todo mundo, as 1:15 da manhã, quem quer conversar? Ou não entenderam o Inglês, ou dormem ou estão se masturbando em frente ao computador. Eca!

01:45, depois de 30 minutos de tentativas em várias salas conclui que a melhor compania pra mim, agora, neste exato momento, sou eu mesmo.

Aliás, quem inventou esta história de "Antes só que mal acompanhado"?

Afinal, quando se está só se tem a melhor compania de todas... É um momento seu com você mesmo!

Com licença, preciso ter um diálogo de mim pra mim! É, tô indo contar pra mim como foi minha semana, como foi meu dia, meu jantar chiquérrimo com o Luciano e Daniel, meu ensaio com o Baccelli, minha primeira aula de dança na oficina do Tony, minhas aulas com a Fernanda, a raiva que eu passei no trabalho on-site, o planejamento sobre a segunda que não vou trabalhar... Nossa!!

Melhor, correr, pois tenho coisa demais pra contar pra mim.... Fui! Beijo, me liga!

terça-feira, junho 30, 2009

A febre passou!

Sempre me lembro de ter escrito sobre alguns sonhos que tive... Hoje um sonho me deixou realmente encucado.
O ser humano sempre pergunta o porquê de tudo, hoje eu pergunto o porquê deste sonho.
De uma hora pra outra eu me via numa cama de hospital, era uma cama inclinada, igual daquelas de dentistas que é meio sofá mais deita. Estava encostada na parede esquerda do quarto e voltada bem pra porta de entrada... Logo ali eu já via a recepção e umas enfermeiras que não vestiam necessariamente branco, mas eram muito atenciosas e com aquele olhar de "pode confiar em mim".
Uma tinha o cabelo liso e era muito bonita, tipo modelo com várias curvas. Uma que me veio dar o medicamento 1 ou 2 vezes tinha o cabelo cacheado, meio acabado de ser solto, sabe quando fica um pouco armado pra traz? Esta também foi muito atenciosa, me lembro dela pegar minha cabeça, levantar pra me dar o remédio, toda carinhosa.
O remédio era uma coisa meio verde escuro, parecia uma folha amassada mas não tinha consistencia fibrosa, era cremoso e servido nalgo que parecia um tampa de xarope, só que um pouco maior.
Tudo era muito realista, muito angustiante. Além da febre, eu estava preocupado com minha mãe, pois não aparecia em casa fazia 2 dias, estava internado e não consegui avisá-la. Alguém guardou meu celular e minha bolsa em caráter de urgência por que eu morreria se não fosse medicado e internado imediatamente.
Ao mesmo tempo que eu me sentia seguro, eu me sentia preocupado e muito debilitado.
A febre passou no terceiro dia, eu conseguia sentar, levantar, conversar com as enfermeiras que, apesar de felizes, não me olhavam com surpresa, era como se elas soubessem que eu sairia daquela e que eu era somente mais um a ser tratado por elas.
Hoje acordei com o corpo muito dolorido, olhos doloridos e muito suado. Era como se realmente eu tivesse vivido toda aquela aflição, febre e preocupação.
Não sei exatamente o que eu quero com este post de hoje... Não quero impressionar ninguém nem fazer alguém meditar sobre as implicações físicas de algo emocional, mas é evidente que o corpo somatiza o que sua mente quer que ele somatize.
Algumas vezes temos de parar e refletir se um sonho traduz um estado de espírito ou somente uma organização de idéias da forma mais racional possível.
Hoje me sinto um ex-doente. Será que esta doença foi curada? Sera que a febre realmente passou?